Sem desculpas. Sem explicações. Quanto mais a gente fala, mais a gente acentua o próprio defeito, certo? O meu é ficar dizendo que vou escrever. Quanto mais eu digo isso, menos eu escrevo. Mas eu tinha que ao menos tocar nesse assunto - o do sumiço -pelo menos mais esta vez, porque eu preciso, mais uma vez, citar a (segunda) bronca que a Paula me deu. É uma delícia levar bronca assim, de quem sente falta de você. Mas além de consideração pela minha leitora mais militante, estou dizendo tudo isso para introduzir o assunto principal deste post. Que não é o meu sumiço, mas sim um movimento interessantíssimo sobre o qual eu já tinha ouvido falar há um tempão - e ontem a Paula me fez lembrar dele, não com a bronca, mas com um gesto. O movimento mundial pela gentileza.
Sim, esse movimento existe. Eu li sobre ele há algum tempo na revista Vida Simples, e desde então de vez em quando me vejo em alguma situação que me faz lembrar dele, tão simples que quase confunde com um movimento bobo de quem não tem o que fazer. Ele é isso mesmo, e nada mais do que isso: um movimento de pessoas que acreditam que a gentileza é capaz de tranformar o mundo, e ele se resume em pessoas repassando essa mensagem, assim como eu estou repassando, aqui. E agindo de acordo, claro. É assim: você começa a prestar mais atenção nas suas atitudes, começa a ser gentil com as pessoas, de graça, mesmo. E pronto, já está fazendo parte do movimento. É mágico como as pessoas começam a responder com a mesma gentileza, e ficam tocadas. E assim começa um movimento altamente transmissível e absurdamente eficaz. Pra não ficar tão abstrato, tem até uma página dedicada a ele no site da Associação Brasileira de Qualidade de Vida, aqui.
Mas o que a Paula tem a ver com isso? A Paula pode nem conhecer o movimento, mas sem saber já faz parte dele. Ontem chegou em casa um envelope endereçado aos "Loews na Europa". Dentro, bilhetinhos e um mini-envelopinho para cada um dos Loews que estarão por aqui e visitarão a gente no próximo mês, além da gente mesmo, é claro. A Paula estava lááá no Japão, e não só se lembrou de comprar lembrancinhas fofas pra cada um de nós, os primos-do-marido-dela, como se deu ao trabalho de fazer cartinhas fofas e mandar pra cá. Não se trata de gastar dinheiro comprando presentes pros outros. É o gesto de se lembrar, é o gesto de mandar, é o gesto de fazer tudo de um jeito mais fofo. Afinal, tudo na vida a gente pode fazer daquele jeito, que todo mundo faz, ou de um outro jeito, especial, com um toque de gentileza que não custa nada, mas tem o poder de transformar o mundo.
Wednesday, May 28, 2008
Thursday, May 01, 2008
O meu sumiço + o pote de molho
A bronquinha que levei da Paula hoje, com toda razão afinal como ela mesma disse só a própria já deixou 3 comentários no mesmo (e último) post aqui embaixo, finalmente me fez respirar fundo e encarar a tela branca de um novo post de novo.
Eu disse pra Paula que estava com branco, sem assunto, e isso somado à correria é fatal: preguiça é uma progressão geométrica, ela não soma, multiplica, e quando a gente vê tá há anos sem fazer alguma coisa. Não que eu não goste de escrever aqui. Eu adoro. Mas a coisa começou com uma sincera falta de tempo, que se transformou em comodismo quando o tempo voltou a estar disponível. É a velha história do "amanhã eu começo o regime". Amahã eu escrevo no blog. E o amanhã nunca chega. E a gente não percebe que aqueles diazinhos viraram semanas.
Enfim.
Também não é verdade a falta de assunto. A gente pode ter a impressão de que nada está acontecendo, mas está, a gente é que deixa de enxergar. E foi só eu responder pra Paula no msn que estava com branco que me lembrei da nota fiscal e da embalagem que o Ric colocou na minha bolsa de manhã.
Ontem fomos no Sainsburys, o nosso super supermercado. E pela primeira vez eu cheguei em casa e notei que um dos molhos que eu tinha comprado estava com a data vencida. Eu sempre presto atenção nas datas, porque ao congelar eu anoto a data da compra na embalagem (viram, sou uma dona de casa exemplar e cheia de dicas)- normalmente os congelados devem ser consumidos em até 1 mês de quando foram congelados, ou seja, da data de compra (tem que congelar no mesmo dia). Mas voltando, o tal molho vencia dia 29 de abril, e era dia 30. Um erro pequeno, não tão sério, mas aqui a gente fica com essa sede de justiça, esse senso apurado do que é correto e o que não é. E sabe que vai ser escutado se reclamar. Então, hoje de manhã, o Ric colocou o papel que embalava o potinho junto com a nota fiscal na minha bolsa pra eu poder ligar.
Liguei lá no telefone que estava na embalagem. Ótimo, era daqueles telefones "faz tudo": qualquer problema que você tiver é só discar o número correspondente, sem ter que ficar horas lidando com um menu eletrônico pra depois descobrir que o número para reclamações é outro que, claro, vai demorar mais horas para atenter porque, afinal, sabe que se trata de reclamação. Fui atendida em uns 2 segundos após discar o número. Que não era o número da reclamação, era o número pra falar com a atendente, aquele dos casos que não são citados no menu. Até levei um susto quando ela atendeu. Eu estava preparada pra ficar ouvindo musiquinha por um bom tempo.
A moça era uma simpatia. Me senti amiga dela na primeira frase. Ela perguntou meu nome e não é que, em seguida, soltou um "How can I help you, Luciana" pronunciando o "Luciana" direitinho, do jeito que eu falei, e não o "Lutiána" que os ingleses insistem em dizer apesar de eu não ser italiana e sim brasileira e eles saberem disso e eu ter pronunciado meu nome umas 10 vezes. Eu contei pra moça simpática que eu fui no supermercado ontem e quando cheguei em casa vi que um dos produtos estava vencido. "Oh I'm so sorry LUCIANA". Em poucos minutos informei meu endereço, nome, código de barras do produto. Ela acessou a central dela, confirmou o valor que eu tinha pago (£ 1.99) e pediu desculpas novamente porque não podia fazer reembolsos abaixo de £ 5 então se eu aceitaria receber um vale de £ 5 pra compras ao invés do reembolso de £ 1.99. Não, não me importo. E muito obrigada pelo atendimento. Eu tinha que agradecer. Não é toda hora que isso acontece com uma brasileira acostumada a ser desrespeitada, foi mais forte que eu.
Fiquei até triste quando desliguei, tava bom o papo.
Eu disse pra Paula que estava com branco, sem assunto, e isso somado à correria é fatal: preguiça é uma progressão geométrica, ela não soma, multiplica, e quando a gente vê tá há anos sem fazer alguma coisa. Não que eu não goste de escrever aqui. Eu adoro. Mas a coisa começou com uma sincera falta de tempo, que se transformou em comodismo quando o tempo voltou a estar disponível. É a velha história do "amanhã eu começo o regime". Amahã eu escrevo no blog. E o amanhã nunca chega. E a gente não percebe que aqueles diazinhos viraram semanas.
Enfim.
Também não é verdade a falta de assunto. A gente pode ter a impressão de que nada está acontecendo, mas está, a gente é que deixa de enxergar. E foi só eu responder pra Paula no msn que estava com branco que me lembrei da nota fiscal e da embalagem que o Ric colocou na minha bolsa de manhã.
Ontem fomos no Sainsburys, o nosso super supermercado. E pela primeira vez eu cheguei em casa e notei que um dos molhos que eu tinha comprado estava com a data vencida. Eu sempre presto atenção nas datas, porque ao congelar eu anoto a data da compra na embalagem (viram, sou uma dona de casa exemplar e cheia de dicas)- normalmente os congelados devem ser consumidos em até 1 mês de quando foram congelados, ou seja, da data de compra (tem que congelar no mesmo dia). Mas voltando, o tal molho vencia dia 29 de abril, e era dia 30. Um erro pequeno, não tão sério, mas aqui a gente fica com essa sede de justiça, esse senso apurado do que é correto e o que não é. E sabe que vai ser escutado se reclamar. Então, hoje de manhã, o Ric colocou o papel que embalava o potinho junto com a nota fiscal na minha bolsa pra eu poder ligar.
Liguei lá no telefone que estava na embalagem. Ótimo, era daqueles telefones "faz tudo": qualquer problema que você tiver é só discar o número correspondente, sem ter que ficar horas lidando com um menu eletrônico pra depois descobrir que o número para reclamações é outro que, claro, vai demorar mais horas para atenter porque, afinal, sabe que se trata de reclamação. Fui atendida em uns 2 segundos após discar o número. Que não era o número da reclamação, era o número pra falar com a atendente, aquele dos casos que não são citados no menu. Até levei um susto quando ela atendeu. Eu estava preparada pra ficar ouvindo musiquinha por um bom tempo.
A moça era uma simpatia. Me senti amiga dela na primeira frase. Ela perguntou meu nome e não é que, em seguida, soltou um "How can I help you, Luciana" pronunciando o "Luciana" direitinho, do jeito que eu falei, e não o "Lutiána" que os ingleses insistem em dizer apesar de eu não ser italiana e sim brasileira e eles saberem disso e eu ter pronunciado meu nome umas 10 vezes. Eu contei pra moça simpática que eu fui no supermercado ontem e quando cheguei em casa vi que um dos produtos estava vencido. "Oh I'm so sorry LUCIANA". Em poucos minutos informei meu endereço, nome, código de barras do produto. Ela acessou a central dela, confirmou o valor que eu tinha pago (£ 1.99) e pediu desculpas novamente porque não podia fazer reembolsos abaixo de £ 5 então se eu aceitaria receber um vale de £ 5 pra compras ao invés do reembolso de £ 1.99. Não, não me importo. E muito obrigada pelo atendimento. Eu tinha que agradecer. Não é toda hora que isso acontece com uma brasileira acostumada a ser desrespeitada, foi mais forte que eu.
Fiquei até triste quando desliguei, tava bom o papo.
Monday, April 14, 2008
45 dias em imagens

Tudo começou quando a reforma do banheiro, que duraria 4 dias, durou 20. Pelo menos conhecemos uma nova vizinhança e nos lembramos da sensação de estar nas alturas, quando ficamos na casa do senhorio (vulgo landlord) enquanto os pedreiros sumiam com nossos utensílios culinários e o responsável esquiava na Suíça.

Acampada na casa alheia, aconteceu o meu primeiro grande evento do ano, justo nas lendárias Casas do Parlamento Londrinas. E lá fui eu uma noite antes pegar vestido, meia calça e casaco no armário-trancado-pra-proteger-do-pó da reforma em casa, voltando pra casa temporária a pé carregando as tralhas pro evento do dia seguinte. Sem contar as bexigas e presentes do aniversário do Ric, que seria um dia depois do evento. Toda uma logística.

A reforma terminou just on time para começarmos a receber nossas visitas. Primeiro veio o James, depois de uma temporada de estudos em Florença. Dessa vez o tchau foi sério, e ele voltou pro Canadá pra ficar. E a saudade já tá dando umas pontadinhas no coração.

Em pleno caos ganhei ingressos para o amistoso Brasil x Suécia no estádio do Arsenal. Não só o jogo foi amistoso (até demais) como a torcida também. Legal ver com os próprios olhos que dá pra juntar 60.000 pessoas em um evento bem-organizado e bonito.

James sai, pais entram. E junto com eles a primavera mais fajuta da história. E nós vimos neve da janela do quarto, tingindo de branco os jardins e telhados.

E eu me emocionei, briguei, fiz as pazes, abracei, chorei de alegria e de saudade com meus amados e lindos pais aqui comigo.
Ufa.
Só pra finalizar
Com um pouquinho de atraso, talvez com o timing um pouco vencido, gostaria de publicar um outro e-mail que recebi sobre o assunto saúde, da Paula. É um contraponto interessante ao do Marcos, sem discordar, apenas desenvolvendo um pouquinho mais a questão e mostrando o ponto de vista de outro setor relacionado (a Paula é engenheira de alimentos). Ah. E eu concordo com todos. E estou adorando essa participação e principalmente ver que tem sim, gente pensando com carinho no Brasil.
Segue o email, que eu não quis editar apesar de longo. Tenham paciência e leiam, prometo que é o último ;-)
"Concordo quando se estabelece a relação entre o custo de um número num fast food ao salário médio brasileiro e o americano. Aqui, $5 a $10 dólares compra pouca comida boa, mas muita comida gorda e ruim, o que acaba atraindo pessoas que não recebem um salário muito alto e tem que se alimentar de coisas mais calóricas para poder fazer um trabalho árduo durante o dia. Ao contrário, R$10 no McDonalds é luxo no Brasil.
Mas não acho que, mesmo hipoteticamente, o aumento ao acesso a esse tipo de produto como consequência do aumento de renda faria com que a nossa população engordasse mais e pudesse ter acesso às academias com convênios. Hoje nós já temos uma grande parcela da população no Brasil que está (bem) acima do peso. Infelizmente, grande parte dela também é a que se encaixa nos problemas citados como doenças cardíacas e câncer, simplesmente porque uma giga parte da nossa população não tem acesso a informação.
Muitas bolachas e biscoitos são enriquecidos não somente para atrair mães com consciência das necessidades das suas crianças, mas porque muitas pessoas pobres se alimentam dessas bolachas, que ainda são mais baratas e práticas do que um prato de comida. No boom das gorduras trans, as empresas de alimentos correram que nem doidas atrás de alternativas para o problema, mas não adianta. Muita gente que compra não faz a menor idéia do que eram as trans e continuariam comprando do mesmo jeito. Porque é gostoso, prático, não demanda tempo e é barato.
E mesmo com a justificativa que eu li, ainda acho que o movimento pró convênio entre academias e planos de saúde funcionaria, pois é só pensar quais planos de saúde teriam esses convênios. O número de beneficiários de planos de saúde é muito pequeno em relação a população total, ou seja, são as pessoas que tem dinheiro para Mc, frutas, cozinheiras e academia que usam plano de saúde. Entretanto, isso não elimina o benefício dos planos incentivarem hábitos saudáveis, já que economizariam dinheiro. Aliás, já o fazem pagando exames preventivos e check ups.
Eu já trabalhei em indústria e acho que esses planos com convênios não teriam grande apelo para seus funcionários menos graduados, pois qual a vantagem de ter um desconto em academia para um funcionário que exerce um trabalho braçal durante o dia todo? Somente profissionais que ficam sentados durante seu trabalho, na frente do computador, com um grande trabalho intelectual se interessariam por esse tipo de serviço. E quem são essas pessoas? Nós.
Mais um vez enfrentamos o grande problema da diferença social, em que conseguimos concluir que excluindo uma parcela da população, algo que funciona por aí, também funcionaria no Brasil. (suspiro)... será que um dia isso muda?"
Thanks Py e Marcos, acho que vou contratar vocês pra um blog-fórum de discussão!
Segue o email, que eu não quis editar apesar de longo. Tenham paciência e leiam, prometo que é o último ;-)
"Concordo quando se estabelece a relação entre o custo de um número num fast food ao salário médio brasileiro e o americano. Aqui, $5 a $10 dólares compra pouca comida boa, mas muita comida gorda e ruim, o que acaba atraindo pessoas que não recebem um salário muito alto e tem que se alimentar de coisas mais calóricas para poder fazer um trabalho árduo durante o dia. Ao contrário, R$10 no McDonalds é luxo no Brasil.
Mas não acho que, mesmo hipoteticamente, o aumento ao acesso a esse tipo de produto como consequência do aumento de renda faria com que a nossa população engordasse mais e pudesse ter acesso às academias com convênios. Hoje nós já temos uma grande parcela da população no Brasil que está (bem) acima do peso. Infelizmente, grande parte dela também é a que se encaixa nos problemas citados como doenças cardíacas e câncer, simplesmente porque uma giga parte da nossa população não tem acesso a informação.
Muitas bolachas e biscoitos são enriquecidos não somente para atrair mães com consciência das necessidades das suas crianças, mas porque muitas pessoas pobres se alimentam dessas bolachas, que ainda são mais baratas e práticas do que um prato de comida. No boom das gorduras trans, as empresas de alimentos correram que nem doidas atrás de alternativas para o problema, mas não adianta. Muita gente que compra não faz a menor idéia do que eram as trans e continuariam comprando do mesmo jeito. Porque é gostoso, prático, não demanda tempo e é barato.
E mesmo com a justificativa que eu li, ainda acho que o movimento pró convênio entre academias e planos de saúde funcionaria, pois é só pensar quais planos de saúde teriam esses convênios. O número de beneficiários de planos de saúde é muito pequeno em relação a população total, ou seja, são as pessoas que tem dinheiro para Mc, frutas, cozinheiras e academia que usam plano de saúde. Entretanto, isso não elimina o benefício dos planos incentivarem hábitos saudáveis, já que economizariam dinheiro. Aliás, já o fazem pagando exames preventivos e check ups.
Eu já trabalhei em indústria e acho que esses planos com convênios não teriam grande apelo para seus funcionários menos graduados, pois qual a vantagem de ter um desconto em academia para um funcionário que exerce um trabalho braçal durante o dia todo? Somente profissionais que ficam sentados durante seu trabalho, na frente do computador, com um grande trabalho intelectual se interessariam por esse tipo de serviço. E quem são essas pessoas? Nós.
Mais um vez enfrentamos o grande problema da diferença social, em que conseguimos concluir que excluindo uma parcela da população, algo que funciona por aí, também funcionaria no Brasil. (suspiro)... será que um dia isso muda?"
Thanks Py e Marcos, acho que vou contratar vocês pra um blog-fórum de discussão!
Wednesday, April 09, 2008
A saúde no Brasil
Esse foi o e-mail que recebi do Marcos, de uma seguradora da área de saúde, em resposta ao meu post, abaixo, sobre a nova geração de planos de saúde que está crescendo por aqui.
Achei o texto do Marcos super esclarecedor e porque não, um ótimo tema para reflexão não só sobre a saúde em si mas sobre o permanante lugar que o Brasil ocupa sempre um passo atrás de outros países. Mas neste caso, é um lugar atrás que poderia, num golpe de mestre, virar na frente. Explico: de acordo com o e-mail do Marcos, em termos gerais, a saúde no Brasil é melhor do que nos países desenvolvidos porque o Brasil é mais pobre e a renda das pessoas não permite chocolate e fast-food. Quando os países ficam ricos, as pessoas ficam gordas, e planos de saúde geniais aparecem. O caminho natural do Brasil seria enriquecer, engordar, e depois criar planos de saúde geniais para emagracer todo mundo e chegar no ideal do país rico e saudável, provavelmente 15 ou 20 anos depois de os países desenvolvidos terem alcançado isso. Então, por que não, com essa previsão em mãos, enriquecer e educar ao mesmo tempo, pular uma etapa e finalmente deixar de estar sempre para trás?
Segue o texto.
"Aqui o pessoal começou a desenvolver planos neste sentido. Essas ideias simpáticas vieram todas de um livro que todo o setor de saúde no mundo usa e se chama "Redefining Healthcare" do Porter.
Esse tipo de ação é muito boa mesmo, porém os incentivos para a adoção delas no Brasil ainda são muito baixos.
Em especial no Reino Unido uma parcela substancial das "medical claims" estão relacionadas à procedimentos complexidade média e doenças diretamente causadas pelo estilo de vida da população. A exemplo da obesidade e alcoolismo que acarretam em doenças cardíacas, diabetes e algumas formas de câncer.
Aqui em território tupiniquim a maioria de nossas "Claims" estão relacionadas à catarata, câncer de mama, doenças pulmonares e eventos em pronto-socorro.
Por incrível que pareça a dieta brasileira e nossas praticas sociais propiciam um estilo de vida mais saudável. Mas com a evolução do perfil sócioeconomico e aumento da renda, é bem provável que em cinco anos nossos perfil de atendimento médico se assemelhe mais ao dos britânicos.
Outra coisa que os britânicos fazem que é bem legal, e inclusive alguns MP's estão tentado impor via lei, é a passagem periódica e obrigatória das pessoas em seus General Practitioners para a identificação de patologias em estágios iniciais assim como "assessing probable health risks".
...
Ele (o setor de saúde) se assemelha mais ao modelo de negócio de seguradoras, ou seja, todos os incentivos a mudanças e inovações estão relacionados à quantificação de probabilidades de ocorrência de determinados eventos.
Então usando aquela lógica do "Freakonomics" para termos academias subsidiadas por planos de saúde precisamos abrir vários McDonalds, Burger King, Arbys, Starbucks e isentar a Elmma Chips de ICMS, PIS e CONFIS.
Outra coisa que poderia ajudar seria contratar estes fornecedores para fazer a merenda escolar de escolas públicas, lógico que não poderíamos esquecer que colocar vending machines da Coca-cola em todas as escolas.
Aí seria só uma questão de tempo para conseguirmos que mais de 50% da população entre 5-10 anos de idade, 30% entre 10 e 20 anos, e , 40% da população acima dos 30 anos estivessem acima do peso e hipertensas. Deste ponto em diante teremos Cia Athletica e Fórmula a preços próximos dos R$50,00."
Conclusão: esqueçam a academia de graça, vamos deixar assim mesmo como está.
Achei o texto do Marcos super esclarecedor e porque não, um ótimo tema para reflexão não só sobre a saúde em si mas sobre o permanante lugar que o Brasil ocupa sempre um passo atrás de outros países. Mas neste caso, é um lugar atrás que poderia, num golpe de mestre, virar na frente. Explico: de acordo com o e-mail do Marcos, em termos gerais, a saúde no Brasil é melhor do que nos países desenvolvidos porque o Brasil é mais pobre e a renda das pessoas não permite chocolate e fast-food. Quando os países ficam ricos, as pessoas ficam gordas, e planos de saúde geniais aparecem. O caminho natural do Brasil seria enriquecer, engordar, e depois criar planos de saúde geniais para emagracer todo mundo e chegar no ideal do país rico e saudável, provavelmente 15 ou 20 anos depois de os países desenvolvidos terem alcançado isso. Então, por que não, com essa previsão em mãos, enriquecer e educar ao mesmo tempo, pular uma etapa e finalmente deixar de estar sempre para trás?
Segue o texto.
"Aqui o pessoal começou a desenvolver planos neste sentido. Essas ideias simpáticas vieram todas de um livro que todo o setor de saúde no mundo usa e se chama "Redefining Healthcare" do Porter.
Esse tipo de ação é muito boa mesmo, porém os incentivos para a adoção delas no Brasil ainda são muito baixos.
Em especial no Reino Unido uma parcela substancial das "medical claims" estão relacionadas à procedimentos complexidade média e doenças diretamente causadas pelo estilo de vida da população. A exemplo da obesidade e alcoolismo que acarretam em doenças cardíacas, diabetes e algumas formas de câncer.
Aqui em território tupiniquim a maioria de nossas "Claims" estão relacionadas à catarata, câncer de mama, doenças pulmonares e eventos em pronto-socorro.
Por incrível que pareça a dieta brasileira e nossas praticas sociais propiciam um estilo de vida mais saudável. Mas com a evolução do perfil sócioeconomico e aumento da renda, é bem provável que em cinco anos nossos perfil de atendimento médico se assemelhe mais ao dos britânicos.
Outra coisa que os britânicos fazem que é bem legal, e inclusive alguns MP's estão tentado impor via lei, é a passagem periódica e obrigatória das pessoas em seus General Practitioners para a identificação de patologias em estágios iniciais assim como "assessing probable health risks".
...
Ele (o setor de saúde) se assemelha mais ao modelo de negócio de seguradoras, ou seja, todos os incentivos a mudanças e inovações estão relacionados à quantificação de probabilidades de ocorrência de determinados eventos.
Então usando aquela lógica do "Freakonomics" para termos academias subsidiadas por planos de saúde precisamos abrir vários McDonalds, Burger King, Arbys, Starbucks e isentar a Elmma Chips de ICMS, PIS e CONFIS.
Outra coisa que poderia ajudar seria contratar estes fornecedores para fazer a merenda escolar de escolas públicas, lógico que não poderíamos esquecer que colocar vending machines da Coca-cola em todas as escolas.
Aí seria só uma questão de tempo para conseguirmos que mais de 50% da população entre 5-10 anos de idade, 30% entre 10 e 20 anos, e , 40% da população acima dos 30 anos estivessem acima do peso e hipertensas. Deste ponto em diante teremos Cia Athletica e Fórmula a preços próximos dos R$50,00."
Conclusão: esqueçam a academia de graça, vamos deixar assim mesmo como está.
Friday, April 04, 2008
Bom pra todo mundo
É de idéias assim que o mundo - os consumidores e os profissionais - precisam para se entender melhor.
Eu já tinha visto por aqui propaganda de plano de saúde dizendo que dava desconto em academia de ginástica. Achei que fazia sentido, afinal se você se exercita você tem menos chances de ter doenças, portanto o plano acaba gastando menos com você.
Mas acabei nem pesquisando sobre o assunto.
Hoje fui almoçar com uma amiga que é malhação-maníaca e ela me contou que o plano de saúde do marido dela (fornecido pela empresa dele) não só paga pela academia dos dois como vai dando descontos na mensalidade de acordo com o uso da academia. A partir de 2 vezes por semana, já tem desconto. Eu já estava achando o máximo da genialidade quando ela me contou que não pára por aí: ela também acumula pontos no supermercado quando compra frutas e outros produtos benéficos ao organismo, e esses pontos vão se convertendo em mais descontos no plano.
É genial. É do bem. A seguradora economiza, o consumidor economiza, e as pessoas ficam muito mais saudáveis.
Eu só queria entender por que no Brasil, o país do plano de saúde particular, isso ainda não funciona assim. E os planos continuam pagando toneladas de consutas médicas particulares absolutamente substituíveis por uma voltinha de bicicleta ou uma caminhada para o trabalho.
...
Sem contar que ainda ia melhorar o trânsito das cidades, que pelo jeito anda (ou melhor, não anda) bem complicado. Mas é que brasileiro é assim, fica parado horas dentro do carro com medo de assalto mas não vai a pé de jeito nenhum.
Eu já tinha visto por aqui propaganda de plano de saúde dizendo que dava desconto em academia de ginástica. Achei que fazia sentido, afinal se você se exercita você tem menos chances de ter doenças, portanto o plano acaba gastando menos com você.
Mas acabei nem pesquisando sobre o assunto.
Hoje fui almoçar com uma amiga que é malhação-maníaca e ela me contou que o plano de saúde do marido dela (fornecido pela empresa dele) não só paga pela academia dos dois como vai dando descontos na mensalidade de acordo com o uso da academia. A partir de 2 vezes por semana, já tem desconto. Eu já estava achando o máximo da genialidade quando ela me contou que não pára por aí: ela também acumula pontos no supermercado quando compra frutas e outros produtos benéficos ao organismo, e esses pontos vão se convertendo em mais descontos no plano.
É genial. É do bem. A seguradora economiza, o consumidor economiza, e as pessoas ficam muito mais saudáveis.
Eu só queria entender por que no Brasil, o país do plano de saúde particular, isso ainda não funciona assim. E os planos continuam pagando toneladas de consutas médicas particulares absolutamente substituíveis por uma voltinha de bicicleta ou uma caminhada para o trabalho.
...
Sem contar que ainda ia melhorar o trânsito das cidades, que pelo jeito anda (ou melhor, não anda) bem complicado. Mas é que brasileiro é assim, fica parado horas dentro do carro com medo de assalto mas não vai a pé de jeito nenhum.
Wednesday, April 02, 2008
Brits - post 1
Brits - post 2
Tuesday, April 01, 2008
Ausência por motivos nobres
Meus pais estão aqui. Finalmente, eles estão aqui. Não sei como é a relação das outras pessoas com seus pais - acho que tem de tudo nesse mundo. Mas a minha é uma coisa louca, um cordão umbilical eterno que estica mas não rompe. Quando cheguei em Londres há um ano, não exagero se digo que 90% das coisas que eu via me faziam pensar nos meus pais. Se eu ia numa papelaria bacana - paixão que eu e minha mãe compartilhamos - pensava imediatamente nela. Difícil era não sair comprando tudo pra mandar pra ela, porque a vontade era essa. E toda vez que eu entrava numa mercearia, supermercado, food hall, ou qualquer outra variação do tão universal comércio de comidinhas especiais - paixão que eu e meu pai compartilhamos - era a mesma loucura.
E um ano se passou assim. Com as papelarias, com as comidas, e com todas as outras coisas legais que tem aqui pertencentes às mais diversas categorias de produtos. Eu queria estar dividindo com eles tudo o que estava vendo, conhecendo, sentindo, e que o skype e o msn não me permitiam.
E agora eles estão aqui.
E eu já me esqueci como é viver longe deles, e como é que sou capaz disso durante tantos meses ao ano.
E um ano se passou assim. Com as papelarias, com as comidas, e com todas as outras coisas legais que tem aqui pertencentes às mais diversas categorias de produtos. Eu queria estar dividindo com eles tudo o que estava vendo, conhecendo, sentindo, e que o skype e o msn não me permitiam.
E agora eles estão aqui.
E eu já me esqueci como é viver longe deles, e como é que sou capaz disso durante tantos meses ao ano.
Thursday, March 27, 2008
Momento bobeira
Essa é a matéria com a qual dei de cara esses dias. Original aqui. Juro que não mudei nem uma palavra. Fiquei meia hora rindo e não resisti a colocar o texto aqui.
Sou só eu que fiquei com a impressão de estar diante de uma grande piada?
"Estudo: tamanho do monitor é importante
Um estudo feito pela Universidade de Utah, nos Estados Unidos, mostrou a diferença de produtividade entre usuários de diversos tamanhos de monitores.
Segundo o blog de tecnologia da NewScientist, os pesquisadores analisaram tarefas de cópias de números entre planilhas e edição de documentos de texto em monitores de 18, 24, 26 polegadas e também em computadores equipados com dois monitores de 20 polegadas.
Através da comparação foi descoberto que usando um monitor de 24 polegadas, as pessoas concluem tais tarefas com velocidade 52% superior que em monitores de 18 polegadas. Com o uso de dois monitores de 20 polegadas, usuários foram 44% mais rápidos que usando um de 18.
A produtividade, entretanto, caiu quando os usuários foram colocados para trabalhar com monitores de 26 polegadas, algo cujo motivo não ficou claro, mas que pode ter relação com o campo de visão do usuário.
(...)
James Anderson, professor responsável pelo estudo, avisou que não se importa qual a marca de monitor que empresas comprarão, apenas queria indicar que o monitor certo pode deixar seus funcionários mais produtivos."
Sou só eu que fiquei com a impressão de estar diante de uma grande piada?
"Estudo: tamanho do monitor é importante
Um estudo feito pela Universidade de Utah, nos Estados Unidos, mostrou a diferença de produtividade entre usuários de diversos tamanhos de monitores.
Segundo o blog de tecnologia da NewScientist, os pesquisadores analisaram tarefas de cópias de números entre planilhas e edição de documentos de texto em monitores de 18, 24, 26 polegadas e também em computadores equipados com dois monitores de 20 polegadas.
Através da comparação foi descoberto que usando um monitor de 24 polegadas, as pessoas concluem tais tarefas com velocidade 52% superior que em monitores de 18 polegadas. Com o uso de dois monitores de 20 polegadas, usuários foram 44% mais rápidos que usando um de 18.
A produtividade, entretanto, caiu quando os usuários foram colocados para trabalhar com monitores de 26 polegadas, algo cujo motivo não ficou claro, mas que pode ter relação com o campo de visão do usuário.
(...)
James Anderson, professor responsável pelo estudo, avisou que não se importa qual a marca de monitor que empresas comprarão, apenas queria indicar que o monitor certo pode deixar seus funcionários mais produtivos."
Wednesday, March 26, 2008
Trauma que não sai no banho
Sabem aquela marca de cosméticos chamada Lush?
O Ric numa atitude de marido mega fofo resolveu me dar de páscoa uns sais de banho efervescentes desa loja, já que eu tô numa fase "afastem o chocolate de mim". Esses sais têm o formato e tamanho de bolas de tênis, você joga na banheira e eles ficam dissolvendo e soltando perfume enquanto você relaxa. Tem de todos os tipos, pra todas as intenções: relaxante, estimulante, revigorante, etc etc.
Pois então, um dos que o Ric comprou tinha um pombo da paz, era do tipo "zen" e a embalagem dizia que, quando a bola estivesse acabando de dissolver, apareceria uma mensagem. E lá fomos nós para a banheira zen, falando sobre o ano que passou, fazendo pedidos pro ano que começa, refletindo sobre os acontecimentos, aquele papo todo de páscoa, renovação e tal.
E de fato, quando a bola estava quase no final, começou a aparecer o papelzinho da mensagem. E a gente levando super a sério. Parecia quase uma consulta espiritual, os dois olhando pro papelzinho, nervosos.
E o que aparece? Um papelzinho estranho com a foto de um prisioneiro e do outro lado, o texto "fulano de tal, aprisionado desde 2002 sem julgamento".
WTF?
Por um momento ainda pensei que podia ser um protestante infiltrado na fábrica, trocando as mensagens zens por papeizinhos de revolta política. Mas não. Entrei no site e é isso mesmo.
Tipo, eu simpatizo, respeito, acho que a gente tem mesmo que abrir os olhos pros problemas do mundo e tal. Mas deixa eu tomar meu banho relaxante em paz?
O Ric numa atitude de marido mega fofo resolveu me dar de páscoa uns sais de banho efervescentes desa loja, já que eu tô numa fase "afastem o chocolate de mim". Esses sais têm o formato e tamanho de bolas de tênis, você joga na banheira e eles ficam dissolvendo e soltando perfume enquanto você relaxa. Tem de todos os tipos, pra todas as intenções: relaxante, estimulante, revigorante, etc etc.
Pois então, um dos que o Ric comprou tinha um pombo da paz, era do tipo "zen" e a embalagem dizia que, quando a bola estivesse acabando de dissolver, apareceria uma mensagem. E lá fomos nós para a banheira zen, falando sobre o ano que passou, fazendo pedidos pro ano que começa, refletindo sobre os acontecimentos, aquele papo todo de páscoa, renovação e tal.
E de fato, quando a bola estava quase no final, começou a aparecer o papelzinho da mensagem. E a gente levando super a sério. Parecia quase uma consulta espiritual, os dois olhando pro papelzinho, nervosos.
E o que aparece? Um papelzinho estranho com a foto de um prisioneiro e do outro lado, o texto "fulano de tal, aprisionado desde 2002 sem julgamento".
WTF?
Por um momento ainda pensei que podia ser um protestante infiltrado na fábrica, trocando as mensagens zens por papeizinhos de revolta política. Mas não. Entrei no site e é isso mesmo.
Tipo, eu simpatizo, respeito, acho que a gente tem mesmo que abrir os olhos pros problemas do mundo e tal. Mas deixa eu tomar meu banho relaxante em paz?

Tuesday, March 25, 2008
Agora eu quero sol!
Nevou!
Descobri que estavam só esperando a primavera chegar para a neve dar o ar de sua graça. Não é que junto com os brotos e botões de flores desceram os floquinhos que esbranquiçaram a nossa páscoa?
Nevou sábado.
Nevou de novo domingo.
Nevou de novo segunda.
Foi lindo.
Mas agora deu, né?
Agora eu quero sol, poxa. Já faz 5 meses que a gente põe casaco todo dia!
Descobri que estavam só esperando a primavera chegar para a neve dar o ar de sua graça. Não é que junto com os brotos e botões de flores desceram os floquinhos que esbranquiçaram a nossa páscoa?
Nevou sábado.
Nevou de novo domingo.
Nevou de novo segunda.
Foi lindo.
Mas agora deu, né?
Agora eu quero sol, poxa. Já faz 5 meses que a gente põe casaco todo dia!
Thursday, March 20, 2008
A publicidade Google
Alguém tem alguma idéia, por mais remota que seja, da lógica usada pelo Google para pescar palavras-chave dos textos de um site e alocar a publicidade "relevante" em cada um?
Só tô perguntando porque apareceu um link pro "Deus te ama" aqui ao lado.
...
Só tô perguntando porque apareceu um link pro "Deus te ama" aqui ao lado.
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London Easter
A páscoa aqui, assim como o Natal, o dia dos namorados, o dia das mães, dos pais, do cachorro, é um grande evento comercial.
E eu adoro.
Vejam aqui o especial que o Sainsburys, supermercado que eu frequento, fez para a páscoa. É de enlouquecer qualquer um. Mas o bacana mesmo é que as dicas e produtos têm qualidade, e o investimento no site traz resultados de verdade. A gente acaba usando o supermercado e seus serviços muito mais do que apenas como o lugar de fazer as compras básicas. Eu já procurei receitas no site deles, já usei dicas de menus, já comprei presente lá. E olha que não é o equivalente de um Empório Santa Maria, é o equivalente do Extra.
Sou eu que estou virando proletária ou aqui as coisas são realmente mais caprichadas?





By the way, Happy Easter everybody!
E eu adoro.
Vejam aqui o especial que o Sainsburys, supermercado que eu frequento, fez para a páscoa. É de enlouquecer qualquer um. Mas o bacana mesmo é que as dicas e produtos têm qualidade, e o investimento no site traz resultados de verdade. A gente acaba usando o supermercado e seus serviços muito mais do que apenas como o lugar de fazer as compras básicas. Eu já procurei receitas no site deles, já usei dicas de menus, já comprei presente lá. E olha que não é o equivalente de um Empório Santa Maria, é o equivalente do Extra.
Sou eu que estou virando proletária ou aqui as coisas são realmente mais caprichadas?





By the way, Happy Easter everybody!
Neve. Neve?
A previsão era de flurries pra sábado. Aí virou flurries domingo. Agora olhei e tá neve na segunda. E no da BBC a previsão é "heavy snow".
Agora neva!
Agora neva!
Wednesday, March 19, 2008
Alarme falso
Não era a primavera. Era só uma arvorezinha precoce.

(Pra quem não acredita em copy & paste: aqui :-)

(Pra quem não acredita em copy & paste: aqui :-)
Saturday, March 15, 2008
Friday night
Sexta-feira à noite em casa. Marido dormindo no sofá. É hora de reflexão.
Por que as pessoas colocam foto de beijo de língua no orkut?
Por que as pessoas têm medo de ser felizes?
Por que não constroem monumentos e pontes bonitas em São Paulo? E não limpam os rios?
Por que não inventaram o teletransporte?
Por que eu não ganho um salário melhor?
Por que meu banheiro não fica pronto nunca?
Por que chocolate engorda?
Por que existem objetos como esculturas brilhantes de gatos, carpetes roxos, cortinas azul-royal?
Por que eu não sei fazer pão de queijo?
Por que as pessoas colocam foto de beijo de língua no orkut?
Por que as pessoas têm medo de ser felizes?
Por que não constroem monumentos e pontes bonitas em São Paulo? E não limpam os rios?
Por que não inventaram o teletransporte?
Por que eu não ganho um salário melhor?
Por que meu banheiro não fica pronto nunca?
Por que chocolate engorda?
Por que existem objetos como esculturas brilhantes de gatos, carpetes roxos, cortinas azul-royal?
Por que eu não sei fazer pão de queijo?
Thursday, March 13, 2008
Volta pra casa
Cena: uma mulher, lá pelos seus 30 anos, que mora aqui por perto (já a vi várias vezes no bairro). Ela tem síndrome de down. Estava meio deitada no banco do ônibus quando entrei, ocupando 2 assentos e deixando o carrinho de compras solto, no meio do corredor, atrapalhando a vida de todo mundo.
Um homem, bonitão, bem-vestido, terno, sobretudo, entra no ônibus logo depois de mim e se posiciona de pé, perto da saída, atrás do assento da mulher.
O ônibus começa a andar e o carrinho solto a deslizar pra lá e pra cá, fazendo o maior estrago.
O homem, percebendo a situação e quem era a dona, puxa o carrinho para si, para fazê-lo ficar parado e para liberar o corredor. E vai segurando o carrinho dela, sem falar nada, até o ponto onde ela desceu.
Me senti vivendo numa comunidade antiga, pequena, onde todos se conhecem e cuidam um do outro. Tipo na aldeia do Asterix. Mas nesse caso é uma das maiores capitis do mundo e o homem nunca tinha visto a mulher, ou pelo menos não tinha relação alguma com ela.
Que fofo.
Nessas horas eu quero morar aqui pra sempre.
Um homem, bonitão, bem-vestido, terno, sobretudo, entra no ônibus logo depois de mim e se posiciona de pé, perto da saída, atrás do assento da mulher.
O ônibus começa a andar e o carrinho solto a deslizar pra lá e pra cá, fazendo o maior estrago.
O homem, percebendo a situação e quem era a dona, puxa o carrinho para si, para fazê-lo ficar parado e para liberar o corredor. E vai segurando o carrinho dela, sem falar nada, até o ponto onde ela desceu.
Me senti vivendo numa comunidade antiga, pequena, onde todos se conhecem e cuidam um do outro. Tipo na aldeia do Asterix. Mas nesse caso é uma das maiores capitis do mundo e o homem nunca tinha visto a mulher, ou pelo menos não tinha relação alguma com ela.
Que fofo.
Nessas horas eu quero morar aqui pra sempre.
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