Monday, November 26, 2007

Mais Paris

Além de ficar repetindo que Paris é o máximo, também tem algumas novidades que trouxemos de lá e que podem interessar quem está pensando em ir.

Primeiro (essa dica é pros londrinos ou pra quem vem me visitar em Londres e quer dar uma esticadinha em Parrí): considerem o Eurostar. Considerem seriamente. Não tem comparação a facilidade de se ir de trem. Todas as vezes que saímos de Londres para alguma outra cidade da Europa, caímos naquela (verdadeira) história: preço de passagem de avião super baixo, duração do vôo é curta, a compra das passagens pela internet é a mais fácil possível, e pronto. E fomos de avião pra tudo quanto foi lugar. Mas essa equação, definitivamente, não vale pra Paris. O meu argumento principal é que, pra sair do centro de Londres e ir para qualquer aeroporto, demora pelo menos 1 hora. O recomendável é que se chegue no aeroporto, pra fazer check-in, com 1 hora ou até um pouco mais de antecedência. Nisso já se perdem umas 2 ou 3 horas. Chegando no aeroporto de destino, mais umas 2 horas, no mínimo, entre passar por fila de imigração, esteira de bagagens, transporte até o centro da cidade, etc. Ou seja, além das horas de vôo, perdemos facilmente mais umas 5 horas antes e depois. Enquanto isso, de trem, é assim: Você sai do trabalho em pleno horário do rush, às 18:30hs. Pega um táxi ou um metrô e em 20 minutos está na estação de metrô St Pancras, que é interligada à de trem de mesmo nome. Aí você vai numa das dezenas de máquinas espalhadas pela estação, enfia seu cartão de crédito na máquina, ela reconhece seus dados e imprime seu ticket (que você também comprou pela internet, com a maior facilidade). Aí você passa o ticket por uma espécie de catraca, entra na parte restrita aos viajantes (uma espécie de sala de embarque, bonita, cheia de sofás e novinha). Passa as malas pela esteira, mostra o passaporte pro policial, sobe uma escada rolante, entra no trem. Espera 2 horas e 15 minutos, numa poltrona confortável e com serviço constante de bar. Chega em Paris, na estação Nord, 5 minutos de táxi do hotel. Ou até menos, dependendo de onde você se hospeda.
Parece mágica. Você entra numa construção no centro de Londres e de repente, aparece no centro de Paris. Tudo rápido, fácil e gostoso, sem stress. Só tem um ponto negativo: as pessagens de trem podem ser muito caras. Mas se compradas com antecedência e para dias alternativos, que não seja "ida sexta à noite e volta domingo à noite", fica bem acessível. (www.eurostar.co.uk)

A próxima dica é o hotel que ficamos. Como ainda não ficamos ricos, estamos no esquema hotel-barato-porém-limpinho. Com a internet ficou muito fácil encontrar e reservar hotéis, mas ao mesmo tempo, essa quantidade toda de opções deixa todo mundo um pouco perdido. Qual será realmente bom e qual, entre todas essas ofertas, esconde uma roubada daquelas? Por isso a melhor forma de se escolher hotéis, pra mim, continua sendo a indicação de amigos e pessoas que confiamos. O Ric achou esse hotel em alguns guias, recomendado como opção boa entre os mais baratos. Ou seja, eu não estava esperando nenhum palácio. E nem foi isso que encontrei. Porém, e quem conhece Paris ou qualquer outra cidade da Europa sabe disso, hotéis baratos muitas vezes significam coisa velha, mofada, caindo aos pedaços. Sem ter o nome de uma grande rede hoteleria por trás, esses hoteizinhos acabam ficando parados no tempo, sem serem reformados, modernizados ou higienizados. E aí você encontra coisas como cortinas de veludo, carpetes centenários, enfim, coisas muito interessantes e peculiares mas não necessariamente agradáveis. O hotel que ficamos, chamado Chopin, é uma mistura de tudo, na medida, sem ser "americanizado" por uma dessas redes e nem francês demais a ponto de ser "peculiar". Charmosérrimo, fica dentro de uma galeria, entre um museu de cera, lojinhas locais e uma patisserie deliciosa. Ele tem as suas cortinas e papéis de parede. Porém os banheiros estavam recém reformados, e a limpeza impecável. A construção é daquelas que você não entende onde começa e onde acaba o prédio, porque vai juntando com o do lado, com o de trás, aí você desce escada, anda um poquinho, sobe outra escada, enfim, um labirinto típico das construções antigas. Mas pelo preço, garanto, em Paris não se encontra nada melhor ou mais charmoso.

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