Tuesday, April 17, 2007

Mais sobre os vizinhos

Nossa casa é uma miniatura do mundo, suas culturas e características.

No nosso andar, que é o andar da rua (ground floor), tem 2 flats: o nosso e o do James. O James é inglês e eu não tenho a menor idéia do que ele faz da vida (ainda vou descobrir). Eu o conheci numa madrugada fria, quando estava na porta da entrada fumando um cigarro depois de um dia de faxinas pela casa. Nossa casa tem uma entradinha que passa por umas plantas e aí chega na escada de entrada, então fica a uma certa distância da calçada. O James (que até então eu não sabia que era o James) passou pela rua falando no celular. Deu meia-volta, parou em frente à nossa entrada e ficou me olhando. Depois foi até a esquina, ficou um pouco parado e voltou de novo. Eu já estava com a mão na fechadura pra entrar correndo quando ele entrou e, com o maior dos sotaques britânicos, me perguntou se eu era a nova vizinha e, depois da minha resposta afirmativa, se apresentou. Em 3 minutos de conversa, conseguiu me contar como a casa era antiga, a história do bairro, quanto ele pagava de aluguel e como as corretoras de imóveis são umas sanguessugas sem-vergonha pois eu pago bem mais pelo mesmo flat só porque foi através de uma corretora. Super prestativo, disse que qualquer coisa que precisasse era só bater na porta dele. Só não sei a que horas eu faria isso, porque o James só aparece de madrugada. Eu vou descobrir o que ele faz da vida.

No primeiro andar, logo acima de nós, tem o Mark. O Mark é de nacionalidade indefinida e é uma simpatia. Foi o primeiro que conhecemos. Explicou pra gente como fazia pra reciclar lixo, que dia a coleta passa, como fazer cópias das chaves, instruções de segurança e tudo mais de útil. Na segunda vez que o Ric encontrou, ele contou que era fotógrafo, o Ric contou que eu adorava fotografia, e ele já e nos convidou pra um drink no flat dele pra ver as fotos. Desconfio que ele não seja inglês. Ingleses não te convidam pras casas deles nem que vocês já se conheçam há meses.

No segundo e último andar mora o Masse-Leclerck. Ele não informou o primeiro nome. Ele é francês. E também não perguntou o meu nome, e nem se eu estava gostando e nem se eu estava precisando de alguma coisa, como todos os outros. Mas também não foi antipático. Foi francês. Falei com ele mais tempo do que com o James - e não falamos nada.

E, por último, tem o Alessandro, nosso vizinho de baixo, feliz proprietário do lindo jardim dos fundos da casa, que é argentino e a primeira coisa que disse quando nos conheceu foi "vamos fazer um churrasco no sábado. Vocês querem vir?". :-)
Acreditem. Em terras inglesas, argentinos viram irmãos. E até se esforçam pra falar português com você. Vou até procurar umas cervejas brasileiras pra levar de presente no churrasco de sábado. E tirar umas fotos pra ilustrá-los melhor. Tomara que o James, o Mark e o Masse-Leclerck também tenham sido convidados!

1 comment:

Anonymous said...

GENIAL!!!! Isso é o mais legal de morar fora!! Conhecer um ´bunch´ de pessoas novas!
O mais amazing é que sejam todos de nacionalidades diferentes!
O Lu!! Qual deles que é gatinho??? Vai levantando os prospects para mim.
Beijos