Thursday, March 19, 2009

De volta ao mundo dos blogs

Voltei ao mundo dos blogs. Mas como deveria ser, em outro endereço, com outra cara, renovado, novo como a nova fase em que me encontro. "Um lugar pra cada coisa e cada coisa no seu lugar", dizia meu avô.
Aqui estou: http://www.ideiassimplesparadiasfelizes.blogspot.com/. Vejo vocês lá.
:-)

Friday, September 26, 2008

Onde a gente se meteu

Quem é que gosta de corretores imobiliários? Poucos. Coitados deles, afinal existem exceções como em qualquer outra generalização. Mas os corretores têm uma fama ruim, bem ruim, e vamos combinar que muitos deles merecem. Sabemos que eles vivem do que vendem mas, outros tipos de vendedores também e não são tão chatos. Bom, alguns são. Mas enfim, os corretores fazem algumas pessoas quererem atravessar a rua para não encontrá-los, e eu e Ricardo fomos contra todo o preconceito ontem e nos enfiamos numa feira de imóveis cheia, lotada, de corretores. E ainda pagamos por isso. Pois é, o desepero faz cada coisa.
Nessa procura maluca de um lar, descobrimos que ia ter no Anhembi essa feira, a SISP - Salão Imobilário de SP. É cansativo, mas pelo menos está todo mundo lá, reunido num só lugar, e dá pra facilitar um pouco o trabalho desgastante que é ir de construtora em construtora, corretora em corretora, ciscando grãos em cada canto de SP.

Uma coisa me assustou. Já tive que organizar stand em feiras antes e sei que é um gasto alto para o expositor, não só com o espaço mas também com a produção do stand em si. Pois nessa feira os stands eram de altíssimo nível, dava pra ver que as empresas tinham feito um grande investimento. Bacana. Mas na hora de ser atendida, ah, que lástima. Corretores absolutamente despreparados, perdidos, sem material de apoio, sem saber o que tinha de imóvel disponível para venda. A gente lá, querendo comprar, e eles lá, sem saber o que oferecer. Tinha corretor que não sabia metragem dos apartamentos. Outro não sabia onde era o bairro. Um terceiro, coitado, não sabia mexer no computador - mas o stand era todo online, cada corretor tinha um espaço conectado à central de onde deveriam fazer as pesquisas, ao invés de ficar folheando aquela papelada. Fiquei pensando, qual é o problema que existe dentro das empresas que as faz ter esse enorme gap de comunicação interna: stands lindos e pessoal tão despreparado. Fiquei pensando também em quantas vendas eles não perderam por isso. E quanto dinheiro não estão desperdiçando com o não aproveitamento dos recursos investidos na feira.

Eu saí de lá com a impressão de ter chegado perto do que queria achar, mas por pouco, não achei nada. Com um feeling de que meu apartamento perfeito podia estar lá, escondido em algum folder na pasta de um corretor que não fez a lição de casa antes de ir pra feira.

Mas duas coisas fizeram valer o passeio, e vou contar sobre elas. A primeira foi um stand do Governo do Estado de São Paulo - Secretaria da Habitação - apresentando o novo projeto de habitação popular do CDHU. Uma casinha bonitinha - confesso que eu ficaria bem feliz com uma delas se não fosse o lugar onde são construídas - com 2 quartos, toda adaptada (consequentemente ampla) para deficientes fisicos, com detalhes como barras e interruptores em alturas mais adequadas e chã0 especial, entre outros. Legal saber que o governo está tirando projetos como esse do papel.

A outra foi o stand da Escosfera Empreendimentos Sustentáveis. O espaço em si não era tão bacana e coerente quanto o do Banco Real (que estava lá oferecendo crédito), todo de material reciclado. Mas foi um bom começo. Mostrava todos os itens de sustentabilidade que seus empreendiments têm como diferencial, coisas como energia solar para áreas comuns, sistemas de economia de energia, reutilização de água da chuva. Nenhuma super novidade. Mas pelo menos alguém começou a fazer. Dêem uma olhada no site deles, vale a pena. É bom saber que esse tipo de coisa está começando a acontecer por aqui, mesmo que seja de forma tímida. Ah, e o stand estava lotado :-)
http://www.ecolifeindependencia.com.br/home/

Tuesday, September 23, 2008

Eu voltei

E eu... voltei. Aqui estou, há dez dias que parecem 24 horas às vezes, três meses outras vezes, nesta cidade maluca chamada São Paulo.

A primeira impressão foi aquela que eu temia. Um horizonte cinzento, mar de prédios dos quais não se consegue ver o topo através do ar seco, escuro e denso de poluição.

A segunda impressão foi melhor; a primeira vez que fui num mercado (um chique no Morumbi, comprar flores pra levar de presente) e a moça da minha frente estava recusando as mil sacolinhas plásticas que o empacotador insistia em usar para colocar poucos itens. Fiquei feliz. Toda orgulhosa, quando chegou minha vez, sorri e disse "pra mim não precisa de sacolinha também não, moço". Muita ingenuidade minha achar que estou conseguindo fazer algo com este exemplo?

A terceira impressão foi ótima. Choveu, limpou o ar. Eu, que temia o calor e rezava por um inverno fora de época e prolongado que se estendesse até dezembro, fui ouvida - pelo menos por enquanto. Melhor não falar muito. Há pelo menos uma semana faz um friozinho quase europeu em São Paulo.

A minha falta de rotina também ajuda a não ver o famoso trânsito, então desse mal eu ainda não sofri.

A cidade está mais bonita. Pra quem está aqui pode não ter feito muita diferença, afinal a velocidade é baixa e a quantidade de mudanças necessárias é enorme. Mas mudou. Eu, que fiquei sem olhar São Paulo como a "cidade onde eu moro" por 1 ano e meio, e agora voltei a enxergar, achei-a muito melhor. Mais bem-cuidada, mais vaidosa. As praças estão arrumadas os ipês estão em flor (ok, isso é culpa unicamente da primavera que sim, existe por aqui também). Não existem mais os horrendos outdoors. Aliás, ei, vocês que ainda criticam esse projeto. Vocês realmente se lembram como eram os outdoors? Aquelas estruturas precárias de madeira, uma atrás da outra, subindo e descendo as laterais das avenidas, tentando esconder o lixo que se acumulava por trás? Pois é, lembrem-se disso. Não é possível não gostar do que foi feito.

Novos parques foram abertos.

Impressão minha, talvez, mas as pessoas estão menos neuróticas. Outro dia tinha um rapaz todo contente, desligado, vidrão aberto no meio do trânsito, sorrindo.
Ou fui eu que fantasiei um Brasil muito pior do que realmente era?

O fato é que, estou aqui. Voltei e tenho tido motivos pra me orgulhar. E isso é bom.
A procura de casa está caótica, mas vamos deixar só boas coisas para este post e deixar o que não é tão bom assim pra outra ocasião.
Aproveito pra dar uma dica que ilustra bem o que ando vendo de bom por aqui: o blog http://www.oguiaverde.com/, da jornalista Priscilla Santos. Eu aqui pensando em fazer um blog sobre o que fosse encontrando de bacana, verde & sustentável em São Paulo, demorei muito, a Priscilla já fez. Ela trabalha na revista Vida Simples, que eu adoro, e fez uma matéria que incluiu o nosso "Família vende tudo" online, o blog que fiz pra vender nossas coisinhas quando resolvemos ir embora de Londres. A matéria pode ser lida aqui: http://vidasimples.abril.com.br/edicoes/071/mente_aberta/conteudo_305412.shtml.

Fora os amigos e a família. A gente repete tanto isso quando está fora, que "sente falta dos amigos e da família" que vira clichê e fica batido. Mas é tão verdade. O que seria da vida sem eles?

Saturday, August 30, 2008

E hoje à noite...

... vou realizar um de meus sonhos musicais.

Vejam onde eu e o bebê-baladeiro estamos indo: http://www.rfu.com/microsites/twickenham/index.cfm?StoryID=19173

:-)

Um absurdo chamado Brasil

Sexta-feira, 10 horas da manhã em Londres, 6 horas da manhã no Brasil. Meu primeiro dia de "férias" da Embaixada. Tomei café, esperei o marido sair e sentei em frente ao computador para, pela primeira vez com calma, vasculhar todos os sites de notícias possíveis para fazer notas pro Bluebus.
Comecei pelos ingleses. BBC, Telegraph, Financial Times, The Economist. Em todos eles, uma mesma novidade que me chamou a atenção como sempre chama quando se trata do Brasil: uma descoberta de cientistas brasileiros e americanos na Amazônia. Encrustados no meio do que se achava ser floresta virgem, eles encontraram vestígios de uma civilização moderna, urbana, complexa e desenvolvida, comparada nas reportagens às antigas cidades Romanas e Gregas.
Então fui procurar a notícia nos veículos brasileiros.
Nada.
Apesar de incrédula, resolvi escrever a nota pro Bluebus focando na notícia - afinal isso era o mais importante - e me segurar pra não colocar nenhum comentário maldoso sobre a mídia brasileira. Deixei pra colocar a revolta aqui.
Como é que pode? Uma notícia dessa relevância, que prova que tínhamos uma civilização, sim, e tão desenvolvida quanto as que estudamos na escola, e só falam disso fora do Brasil?
Até agora não dá pra acreditar.
Qual é o problema dos veículos de comunicação brasileiros?
Enquanto isso, na home page de um dos principais sites nacionais, uma chamada enorme, no local mais nobre da página, sobre as mulheres-frutas. A maçã, a melão, e por aí continuava. E todas com cara de travesti.
Qual é o problema do Brasil?

Friday, August 29, 2008

Quero uma mala mágica

Daquelas que você coloca tudo e o espaço nunca acaba, tipo a da Mary Poppins.

Alguém já viu alguma dessas pra vender por aí?

Tuesday, August 26, 2008

Sem ciúmes, please!

Gente, gente. Comecei a escrever pra outro site.
Estou escrevendo tanta coisa legal, mas que pena que não posso copiar nada aqui. Não fiquem com ciúmes. Daqui a pouco eu volto, é só um período de adaptação, de 2 empregos de uma vez (em dois fuso-horários), junto com mudança, bebê, compras, aluguel de apto, venda de tralhas, enfim, tudo aquilo que vocês já sabem.

Tá tudo muito bem, os dias estão passando rápido, a volta está chegando. Só tem uma coisa estranha: ainda não parei pra pensar que faltam 15 dias pra ir embora daqui. Sem saber quando volto. Estranho. Será que estou fugindo dessa encrenca?

Voltando ao assunto, o site que me roubou, entrem lá, leiam, brinquem de adivinhar quais são as minhas notas: http://www.bluebus.com.br/

:-)

Daqui a pouco eu volto.

Friday, August 22, 2008

Chegou a hora de nos despedirmos... das coisas

Quando resolvemos anunciar nossas coisas para vender, parecia se tratar de uma grande brincadeira, uma esperança de levantar verba, mas não muito real.
Aí começamos a receber e-mails de pessoas interessadas em comprar as coisas, e ficamos empolgados com o sucesso dos anúncios, mas e-mails são virtuais, são distantes. E-mail não dói.

Mas aí começamos a marcar com as pessoas de elas virem retirar as coisas, e elas realmente vieram. Quando uma atrasava, a gente, lá no fundo, ficava contente, aliviado, não ia ter que entregar nossas preciosidades pra esses aproveitadores. Mas então a campainha tocava, elas entravam, olhavam pras nossas coisas como se olha pra objetos sem história nas prateleiras de uma loja. Entregavam o dinheiro, pegavam o objeto e saíam, levando consigo um pouquinho da nossa vida aqui em Londres.

Agora o espelho com o qual, toda manhã, eu tentava enxergar minha barriga crescendo, agora faz parte de um outro banheiro.
E as caixas de som, a primeira compra que fizemos aqui em Londres, que tocaram tanta música, que embalaram tantos momentos, tantos amigos, vão animar outras festas.

Por um lado, é muito bom ver que nossas coisas serão reaproveitadas, que as suas vidas recomeçarão em outros lares ao invés de terminar abandonadas por aí. É claro que com isso renovamos a energia do nosso espaço, abrimos espaço para coisas novas, damos boas-vindas ao que está por vir.

Mas que é estranho, isso é.